A Superintendência Regional do DNIT no estado do Paraná realizou na última sexta-feira, em Icaraíma, a primeira audiência pública para a desapropriação de terras, referente ao início da pavimentação da rodovia BR-487, a Estrada Boiadeira, entre Serra dos Dourados e Porto Camargo. A previsão do departamento é iniciar as obras em fevereiro de 2019.
Com a presença dos 114 proprietários de terras, que vão passar pelo processo de desapropriação, a reunião foi conduzida pelo chefe de serviço local do DNIT, José Carlos Beluzzi de Oliveira. O encontrou serviu para os envolvidos conhecerem o projeto da rodovia, como também, levar os documentos solicitados por meio de ofícios encaminhados em setembro deste ano.
“Com os documentos vamos dar continuidade nos laudos de avaliações e posteriormente, acredito que em dezembro, marcaremos uma segunda audiência para tratar de valores”, disse Beluzzi.
Ainda segundo o José Carlos, em janeiro de 2019 a empresa vencedora da licitação para construção da rodovia começa instalar os canteiros de obras, com usina de asfalto e solo. O início da construção depende de uma licença prévia, entretanto, a previsão para tal é fevereiro de 2019.
“Inicialmente temos R$ 30 milhões para começar a construção dos 47 quilômetros da Estrada Boiadeira entre Serra dos Dourados e Porto Camargo”, explicou o chefe.
Além dos valores para construção da rodovia, o governo também vai empenhar mais de R$ 20 milhões em desapropriações. “Já temos os projetos, está tudo licitado desde 2015. Agora temos a premissa para iniciar, pois parte do recurso está garantido. O prazo para conclusão da obra é de três anos ou 900 dias”, informou o entrevistado.
Administração municipal
O prefeito de Icaraíma Marcos Alex explicou a reportagem, que o processo de construção da rodovia promoverá alguns transtornos no início, mas futuramente será um marco no desenvolvimento da cidade e região.
“Teremos transtorno agora, pois alguns pioneiros serão afetados com o traçado da Estrada Boiadeira e isso cria questões emocionais. Por isso, essas audiências públicas são de suma importância, pois em algumas situações é possível melhorar itens para a moradores. A comunidade precisa saber que estamos buscando situações para alinhar da melhor forma possível e atender toda a população envolvida”, ressaltou.
O prefeito também vislumbra a importância da região ter uma construção com a envergadura da rodovia federal BR-487, a Estrada Boiadeira. “Esta obra vai trazer melhorias para cidade e também para região. É um sonho antigo, cerca de quarenta anos. Acredito que vamos virar uma rota de escoamento da safra do Mato Grosso, teremos mais empregos e empresas se instalando ao longo da rodovia”, noticiou.
Parque Industrial
Sabendo das mudanças que a rodovia vai levar para Icaraíma, o prefeito iniciou o estudo para implantação de um Parque Industrial a beira da nova Estrada Boiadeira. “Estamos trabalhando para avançar essa ideia e isso vai ter uma visibilidade diferente. Icaraíma terá dois períodos em sua história; a cidade antes das pontes do Porto Camargo e agora depois da construção da rodovia Boiadeira”, exemplificou Marcos Alex.
Cenário turístico
Com suas belezas naturas e as prainhas, o Porto Camargo se transformou em ponto turístico procurado por pessoas de toda região e estados. Com a rota da BR-487 renovada e a construção do aeroporto em Umuarama, o prefeito Marcos espera que a procura pelo lazer em Porto Camargo aumente.
“Para isso estamos idealizando e fazendo melhorias de infraestrutura. Começamos o trabalho da rede de esgoto, também será realizada recuperação asfáltica e uma nova praça de alimentação no porto”, noticiou o prefeito.
Morosidade
Em janeiro de 2014 o DNIT licitou os dois últimos lotes da Estrada Boiadeira, sendo que na época, o Lote 1A interligará os municípios de Porto Camargo e Serra dos Dourados, com extensão de 44 quilômetros, recebeu de um consórcio de empresas o menor valor: R$ 179 milhões para a execução dos serviços no prazo de 900 dias.
O Lote 2A interligará os municípios de Serra dos Dourados a Cruzeiro do Oeste, e a implantação será realizada por outro consórcio de empresas que apresentou o menor o valor: R$ 160,5 milhões para a execução dos serviços também em 900 dias.
Fonte: Umuarama Ilustrado