A confirmação de mais uma morte por picada de escorpião, em Wenceslau Braz, acendeu novamente o alerta sobre os acidentes com o animal. Apenas neste ano, foram registrados no Paraná 1.879 casos de picadas de escorpião, e duas mortes.
No ano passado, foram mais de 17 mil acidentes com animais peçonhentos no estado, entre eles 2.396 por picada de escorpião e três óbitos. Na ocorrência em Wenceslau Braz, a vítima foi picada na mão por um escorpião amarelo, que tem um dos venenos mais potentes entre a espécie e é o maior causador de mortes. Além desta espécie, também é comum a incidência de escorpiões nativos, como o marrom (Tityus bahiensis, Tityus costatus, Ananteris sp) e o pretinho, do gênero Bothriurus.
Prevenção
Não acumular lixo e entulhos é uma das principais maneiras de evitar acidentes com escorpiões e outros animais peçonhentos, que procuram esconderijos nestes ambientes, como madeiras velhas, lenha, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos e principalmente frestas em calçadas, muros e paredes..
O risco é maior para crianças e idosos. “As crianças são mais sensíveis à toxidade do veneno pela baixa massa corpórea e os idosos por sua fragilidade física. No entanto, o risco aos acidentes é comum para todos, o que demanda cuidados e prevenção”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.
Como evitar acidentes
- Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
- Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
- Afastar camas e berços das paredes;
- Não deixar que lençóis ou cobertores sobre a cama e berço encostem no chão. Aranhas e escorpiões podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre tecidos e travesseiros;
- Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
- Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
- Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
- Em caso de dúvidas, ligue para o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná 0800 410148.
Em caso de picada, a vítima deve procurar atendimento médico imediatamente. “A agilidade em administrar o soro antiveneno em acidentes com peçonhentos pode fazer a diferença entre a vida e a morte. A orientação fornecida por telefone auxilia na identificação da gravidade do caso e indica o melhor encaminhamento”, explica o chefe da Divisão de Vigilância em Zoonoses e Intoxicações, Francisco Gazola.